EM DETERMINADO MOMENTO DO ANO, OS ALUNINHOS DO MATERNAL, EM IDADE DE 1 A 3 ANOS , QUE AINDA NÃO RESOLVEM SEUS CONFLITOS COM A LINGUAGEM, USAM DE OUTRAS MANEIRAS PARA RESOLVE-LOS. ENCONTREI ESSE TEXTO QUE FALA SOBRE O ASSUNTO NO SITE DA ESCOLA MONTEIRO LOBATO.
Não é fácil para os pais assimilarem essas mordidas sem mágoa ou indignação de alguém, que não se conforma com a situação ao ver seu filho tão desprotegido, agora marcado pelos dentes de um colega. Tão desagradável quanto, é a situação dos pais da criança que morde. E assim uma cascata de cobranças começa em cima da escola, por não ter profissionais suficientes. E se tem, não estavam atentos aos ocorridos.
Vale lembrar que as crianças estão em fase de amadurecimento e consequentemente estão aprendendo a exteriorizar suas angústias, medos, frustrações, anseios e descobertas.
Através do sistema nervoso central começam a elaborar o tato, o olfato, o paladar, a visão, e a audição. Consequentemente com as novas descobertas aprendem a usar as mãos, os dentes, como instrumentos de defesa. Numa fase anterior, talvez tenha sido o choro o instrumento mais usado para marcar a atenção.
Não é fácil para a criança aprender a conviver com outras crianças da mesma faixa etária, que também disputam atenção. A mordida faz parte dos mecanismos de defesas mais primitivos do homem. Quando ele não consegue outra forma de comunicação, ou explorar o ambiente da forma que lhe agrada, é possível que use esse artifício para marcar seu espaço. Cabem aos pais, professores, não supervalorizarem a mordida em si, e sim as causas que levaram uma a morder, e a outra a permitir ser mordida. Quanto à escola, sabendo que está engajada com crianças que estão na fase de dividir, interagir. E se para nós adultos isso já não é tão simples, imagine para uma criança.
Acredito ainda, que os pais devam ficar cientes que isso é um fato comum nas salas de aula onde convivem crianças que estão ainda em fase de amadurecimento do Sistema Nervoso Central. Elas experimentam as reações dos outros através de suas ações e consequências. Os adultos necessitam usar de coerência e não supervalorizar a mordida.
(*) Albertina de Mattos Chraim – Psicopedagoga do La Vie Centro de Revitalização
A mordida segundo ROSELY SAYÃO:
Uma criança com um ano, um pouco menos, um pouco mais, nesta idade a relação com o mundo é pela boca. Tanto que tudo o que a criança pega ela leva à boca. Os dentes são o primeiro instrumento de intervenção no mundo. Primeiro ela aprende a morder, é natural e pode morder o irmãozinho maior. Ela nem sabe que está fazendo isso, nem a força que tem. Precisa lembrar que não pode, mas a criança não entende. O conselho é não deixar essas crianças sozinhas. A de 1 ano e meio não tem culpa, não sabe o que está fazendo. Nem adianta muito explicar pro maior que o irmão não tinha intenção e tal, porque, com 3 anos e meio, ele vai esquecer um dia depois... O ressentimento, o ficar 'muito sentido', isso é coisa do adulto.
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